(Foto: Jirau News)
MANAUS (AM) – Mais de 24 horas após o início de um incêndio de grandes proporções no Distrito Industrial II, na zona Sul de Manaus, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) ainda não conseguiu controlar completamente as chamas que já destruíram duas empresas: a montadora Effa Motors e a fabricante de plásticos Valfilm da Amazônia.
O fogo começou por volta das 12h10 de terça-feira (5) e rapidamente se alastrou devido à grande quantidade de material inflamável nos galpões, como pneus, combustíveis, plásticos industriais e veículos. Uma pessoa ficou ferida. Até as 11h desta quarta-feira (6), o incêndio permanecia ativo, com fumaça intensa e risco de novos focos.
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Segundo o CBMAM, 148 bombeiros estão mobilizados na operação, utilizando 26 viaturas, entre elas Auto Bomba Tanque, Auto Plataforma e Unidade de Resgate. O trabalho inclui ainda o uso de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), popularmente conhecido como drone e de Líquido Gerador de Espuma (LGE), já que o combate com água tem sido dificultado pelas características dos materiais em combustão.
A demora no controle das chamas levanta questionamentos sobre a estrutura de resposta a desastres em uma das áreas mais estratégicas da economia amazonense: o Polo Industrial de Manaus (PIM). Enquanto os bombeiros enfrentavam dificuldades até para abastecer caminhões com água e recorriam a carros-pipa, a população acompanhava com preocupação a destruição de dois empreendimentos industriais.
Na noite de terça-feira, outro incêndio foi registrado na zona Oeste de Manaus, em um box comercial na Avenida Dona Otília, bairro Campos Sales. Com o efetivo de bombeiros concentrado no Distrito Industrial, o controle das chamas teve ajuda de moradores e de uma guarnição da Polícia Militar, acionada de forma emergencial por populares que interceptaram uma viatura. Baldes com água foram utilizados na tentativa de conter o fogo.
O incêndio nas empresas Effa Motors e Valfilm da Amazônia levanta preocupações ambientais, principalmente pela queima de materiais altamente inflamáveis e tóxicos, como plásticos industriais, combustíveis, pneus e componentes automotivos. A liberação de fumaça densa e substâncias químicas na atmosfera pode provocar contaminação do ar, do solo e de corpos d’água nas proximidades, afetando a saúde da população e a biodiversidade local.
Além dos impactos ambientais, o caso também revela indícios de negligência, já que atividades como soldagem exigem um plano de emergência específico e uma brigada de incêndio eficaz, devidamente treinada e com simulados periódicos. A ausência dessas medidas preventivas pode ter contribuído para a gravidade do desastre.
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