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Armar a Guarda Municipal é ‘política falida’ e leva mais violência, diz professor

MANAUS (AM) – O professor Gilberto Vasconcelos, candidato a prefeito de Manaus pelo PSTU, afirmou nesta quinta-feira (22), que é contra armar a Gurda Municipal para conter a violência na capital amazonense. Vasconcelos alega que há meios mais eficazes de diminuir a criminalidade, segundo especialistas em segurança pública.

A população […] precisa saber que os maiores especialistas em segurança pública do Brasil e do mundo, eles apontam, por exemplo, nas municipalidades, que o que se pode fazer de melhor para a segurança é não deixar o terreno baldio, com mato, com obstáculos que possam facilitar um bandido se esconder, um malfeitor, iluminação pública eficiente, e a população ter proximidade com os órgãos de segurança”, disse o candidato.

Vasconcelos disse durante o programa “BandNews Amazônia” que a política atual do estado é “falida” e gera mais violência.

“Essa política de armar a guarda municipal é uma política falida, uma política que leva a mais violência para os bairros, além do que já está, do que já existe, porque qual é a ideia de um prefeito ou de um candidato que quer armar policial? Tem um candidato falando de contratar, via concurso ou de outra forma, mil guardas municipais e armar todos eles com metralhador, não, fuzil e tudo mais. Qual é o papel desse… O que ele está dizendo para a sociedade? Ele está dizendo o seguinte, nós vivemos uma guerra civil, uma guerra contra os pobres, contra a periferia. É isso que ele está dizendo. Então, eu sou totalmente contra.”, afirmou.

O professor defende que o estado deve resgatar a população, que segundo o candidato, o sistema capitalista tem deixado à margem.

“Não é à toa que nós temos em Manaus mais de 50% da população abaixo da linha da pobreza. O que é que acontece com essa população? Por que ela está assim? Porque não tem emprego, e muitas vezes uma pessoa que trabalha na família, ela precisa sustentar até por humanidade os outros que estão desempregados. Então, é isso que gera segurança, é isso que empurra a juventude para os berços do traficante, das organizações criminosas”, afirmou.

Para o candidato, esse tipo de combate à violência é um “imediatismo” que não pensa a fundo a segurança, pensado por pessoas muito “superficiais” que propõem combater a violência com a “guerra civil”. “A população deveria entender isso e repudiar essa proposta de mais armamento”, finalizou.

Quem é Gilberto Vasconcelos

Professor de Língua Portuguesa, Gilberto Vasconcelos, tem 57 anos, leciona pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), concursado, possui duas cadeiras. Começou a militância aos 14 anos, na Pastoral Social da Juventude da Igreja Católica. Militou no movimento operário, trabalhou no distrito, onde também foi militante.

Esses movimentos ajudaram a consolidar licença maternidade, 13º, o abono das férias. Trabalhou nos Correios.

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Aldizangela Brito

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