(Foto: Agência Brasil / Fernando Frazão)
MANAUS – Manaus registrou um aumento alarmante no número de feminicídios em 2024. Segundo dados do Mapa da Violência 2024, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta quarta-feira (11), foram 16 mulheres assassinadas por razões de gênero na capital amazonense, contra 11 casos registrados em 2023. O aumento de 45,45% coloca Manaus entre os quatro municípios com maior número de feminicídios no país, atrás apenas de São Paulo (51), Rio de Janeiro (51) e Brasília (23).
A escalada da violência de gênero em Manaus ocorre em um cenário onde o discurso oficial aponta quedas pontuais em outros indicadores, como homicídios dolosos e latrocínios. No entanto, os números absolutos continuam elevados e colocam tanto a capital quanto o estado entre os mais letais do país. A persistência do feminicídio, em paralelo à elevada taxa geral de homicídios, escancara a fragilidade das políticas de segurança pública e a falta de prioridade no enfrentamento à violência estrutural, especialmente contra mulheres e populações vulneráveis.
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No estado do Amazonas como um todo, foram 23 feminicídios em 2023, número que representa um crescimento de 9,5% em relação a 2022. Metade dos casos ocorreu fora da capital, revelando uma tendência de interiorização parcial do crime, especialmente preocupante em municípios com baixa capacidade institucional e infraestrutura precária para acolher vítimas e processar denúncias.
O Amazonas registrou um aumento significativo nos casos de feminicídio em 2024. Segundo o Mapa da Violência, o número de mulheres assassinadas por razões de gênero saltou de 23 casos em 2023 para 30 em 2024, o que representa um aumento de 30,43%. A taxa de feminicídios no estado também subiu, passando de 1,09 para 1,41 por 100 mil mulheres.
Esse crescimento coloca o Amazonas na contramão da tendência geral da Região Norte, que teve queda de mais de 10% nos feminicídios no mesmo período. O avanço desse tipo de crime no estado reforça o alerta sobre a ineficiência das políticas públicas de proteção às mulheres, especialmente em regiões onde há precariedade na rede de atendimento, falta de delegacias especializadas e dificuldade de acesso a medidas protetivas.
A Região Norte, mesmo com números absolutos menores que outras regiões, apresenta a segunda maior taxa proporcional de feminicídios do Brasil: 1,58 por 100 mil mulheres, superando a média nacional (1,34).
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