(Foto: Divulgação)
MANAUS (AM) – O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir de Oliveira Silva, voltou ao centro do debate público, agora na condição de denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF). O sindicalista, que em 2018 liderou a greve que paralisou o transporte coletivo da capital amazonense, é acusado de cometer crimes de paralisação de trabalho de interesse coletivo e de desobediência a ordens judiciais.
Naquele ano, motoristas e cobradores cruzaram os braços exigindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Embora a mobilização estivesse amparada pelo direito constitucional de greve, o movimento foi classificado pelas empresas como abusivo. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) pediu a prisão de Givancir, sustentando que a paralisação teria colocado em risco um serviço essencial.
Segundo o MPF, o sindicalista teria descumprido decisões da Justiça do Trabalho e do Tribunal de Justiça do Amazonas, que determinavam a manutenção de parte da frota em circulação. Givancir, por sua vez, nega irregularidades: “Mesmo sem qualquer notificação ao sindicato, sem ter prova nenhuma que desrespeitou a ordem judicial, baseado só em jornais e relatos do próprio Sinetram, fui denunciado pelo MPF”, afirmou.
Enquanto exige punição ao sindicalista, o Sinetram enfrenta uma série de críticas e questionamentos. A entidade patronal é acusada por trabalhadores e usuários de adotar uma postura autoritária nas negociações, resistindo a reajustes salariais e recorrendo à Justiça e à polícia para tentar silenciar greves legítimas.
Além disso, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) conduz investigações sobre o setor de transporte na capital. Entre os pontos apurados estão a falta de fiscalização de mototáxis irregulares, que prejudicam profissionais legalizados e abrem espaço para cobranças abusivas, e o reajuste da tarifa de ônibus sem a devida transparência e sem estudos técnicos por parte do Sinetram e do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
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