Economia

Governo Lula descarta horário de verão em 2024

BRASÍLIA (DF) – O retorno da política do horário de verão foi descartado em 2024, pelo governo federal. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nessa quarta-feira (16), durante entrevista coletiva, em Brasília. Silveira afirmou ter debatido o tema com especialistas do setor e pontuou que a adoção da política pública será discutida em 2025.

“Ontem à noite e hoje, na última reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico [ONS], chegamos à conclusão de que não há a necessidade da decretação do horário de verão para esse período, para esse verão”, declarou Silveira.

O ministro resumiu que o retorno do horário de verão só significaria benefício direto para a população até o final mais imediato do ano. “O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro e o custo-benefício seria muito pequeno”, disse o ministro.

Entretanto, ele ressaltou que o horário de verão não estaria descartado caso surgisse alguma alteração negativa ou “uma relevância substancial com relação à modicidade tarifária, menor tarifa, ao consumidor”.

O ministro ainda apontou que, segundo o índice do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério de Ciência e Tecnologia (Cemaden/MCT), o Brasil enfrentou, neste ano, sua maior seca da nossa história, desde 1950, quando foi realizada a primeira medição de índice pluviométrico no país. Porém, ações de redução de vazão em hidrelétricas garantiram que os reservatórios chegassem a índices estáveis para este momento.

A principal fonte de energia da matriz elétrica brasileira é a hidrelétrica e segundo o ministro, graças a algumas medidas de planejamento feitas durante um ano e investimentos no setor.

“O Brasil é um país que ainda tem, na sua grande maioria de força, energia firme [produzida em um período crítico com as piores condições de escassez], modal de energia hídrica, em especial por causa das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e grandes usinas que foram construídas nos dois mandatos do presidente Lula: Belo Monte, Jirau e Santo Antônio – que reforçaram muito nossa segurança energética nacional”, disse.

Alexandre Silveira também afirmou avaliar a política do horário de verão como instrumento importante para assegurar, especialmente nos momentos de sobrecarga na ponta e transição energética, o crescimento das energias intermitentes. “Perdemos carga de energia solar no fim do dia, o que aumenta a ampliação do uso das energias e, consequentemente, aumenta o despacho de energia térmica”, disse.

LEIA TAMBÉM

Jirau News - Da Redação

Recent Posts

OAB-AM debate unificação das eleições e fim da reeleição no Brasil

MANAUS (AM) - A Comissão de Reforma Política e Combate à Corrupção Eleitoral da Ordem dos…

1 semana ago

Financiamento Cultural no Amazonas é tema de roda de conversa da Bienal das Amazônias

MANAUS (AM) - Na próxima quarta-feira, 28 de maio, às 18h, a Bienal das Amazônias…

2 semanas ago

Projeto nacional leva MP-AM a investigar risco sanitário em escolas de Atalaia do Norte

MANAUS (AM) - O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou um Procedimento Administrativo para acompanhar a…

2 semanas ago

Filho de oligarca do ‘menor estadual do Brasil’ é eleito presidente da CBF

BRASIL - Nesse domingo (25), enquanto todos os olhos se voltavam para o duelo de…

2 semanas ago

Crítica de Alessandra Campelo a Plínio na Aleam expõe fissura na fusão PSDB-Podemos

MANAUS (AM) - A recente crítica pública da deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) ao senador Plínio…

3 semanas ago

Governo Lula leva bases dos Bombeiros a 16 municípios do AM

MANAUS (AM) - Para reforçar a presença do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) em…

3 semanas ago

This website uses cookies.