MANAUS (AM) – Na Amazônia, o município de Campo Novo de Rondônia registrou nesta quarta-feira (26) o índice de 3094.2 pontos na qualidade do ar, considerada “péssima”, segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva). O Estado de Rondônia compõe o bioma Amazônia com Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
O sistema desenvolvido por pesquisadores da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST-UEA) é uma plataforma on-line que monitora a ocorrência de queimadas e a qualidade do ar no Amazonas, com base em sensores de qualidade do ar, dados de satélites ambientais e estimativas de modelos numéricos de qualidade do ar.
Além de conviver com a poluição do ar provocada por queimadas, os moradores estão enfrentando uma onda de calor, conforme mostra o Selva. Nesta quarta-feira, a temperatura ultrapassou os 40 °C. A estação seca, entre julho e outubro, concentra 79% das ocorrências de área queimada no Brasil, sendo que setembro responde por um terço do total.
De acordo com a coordenadora do MapBiomas Fogo e diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, a maior parte da vegetação nativa incendiada continua sem ocupação humana. “Um pequeno percentual das áreas que foram afetadas se torna, principalmente, área de pastagem.”
Quase um quarto do território brasileiro pegou fogo, ao menos uma vez, no período entre 1985 e 2023. Foram 199,1 milhões de hectares, o equivalente a 23% da extensão territorial brasileira.
Da área atingida por incêndio, 68,4% eram vegetação nativa, enquanto 31,6% tinham presença da atividade humana, notadamente a agropecuária. O Cerrado e a Amazônia são os principais biomas vítimas da ação do fogo, seja de origem natural ou provocada pelo homem. Juntos, são 86% da área queimada.
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