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Amazonas

‘Novembro Azul Pet’ incentiva exames preventivos em animais de estimação

Campanha do décimo primeiro mês do ano voltada ao mundo pet lembra que cães e gatos também podem ser acometidos por câncer de próstata ou tumores testiculares

(Foto: Reprodução)

MANAUS (AM) – Tradicionalmente dedicada à conscientização sobre o câncer de próstata em homens, a campanha “Novembro Azul” também se estende ao mundo dos pets, para reforçar os cuidados dos tutores de animais de estimação. Apesar da incidência baixa, a condição que afeta a glândula prostática é extremamente agressiva nos amigos de patas e pode evoluir rapidamente para metástase, quando as células doentes migram para as demais áreas do organismo.

Urina com sangue, infecções urinárias que não respondem ao tratamento, gotejamento de sangue pelo pênis e dificuldade para urinar ou defecar estão na lista dos incômodos significativos que podem atingir cães e gatos com a neoplasia prostática, conforme explica a médica veterinária Ádria Camila Souza da Silva, especializada em cirurgia oncológica e reconstrutiva.

“Embora o câncer de próstata seja raro em animais (cães e gatos), diferente do que acontece no universo masculino humano – em que é o segundo tipo de câncer mais comum –, indicamos acompanhamento frequente ao médico veterinário para detectar a doença de forma precoce. Isso porque todas as alterações na glândula podem interferir nos órgãos vizinhos dos peludos, causando grande prejuízo à saúde. Sem contar que o câncer de próstata pode ser mortal se não identificado no estágio inicial”, detalha a cirurgiã veterinária, que faz questão de compartilhar diversas informações sobre o mundo pet em seu perfil do Instagram.

Consultas Regulares

Sócia-fundadora do Centro de Especialidades Cirúrgicas e Veterinárias (CECV), Ádria pontua que as consultas periódicas são essenciais para a saúde dos animais de estimação e os que tiverem mais de cinco anos precisam realizar o check-up pelo menos uma vez por ano, já que são os mais propensos a desenvolverem a neoplasia.

“O diagnóstico será feito com base nas informações sobre o animal e por meio de exames de sangue, ultrassom e raio-x de pelve, associados ao toque retal, que permite avaliar o tamanho, a consistência e a textura da próstata. Com tudo isso em mãos, é possível identificar qual o motivo da alteração na glândula, que pode ser tanto câncer como hiperplasia prostática benigna, prostatite bacteriana, abscesso, cisto. Após o diagnóstico final, o profissional capacitado indica o melhor tratamento, seja cirurgia, quimioterapia ou radioterapia”, observa.

Segundo a médica veterinária, quanto mais cedo for detectada a doença – que pode atingir até mesmo animais castrados, ainda que de forma mais incomum –, maior a probabilidade de garantir um tratamento eficaz. “A saúde dos nossos pets é construída na constância e na atenção aos detalhes, já que algumas doenças são silenciosas e difíceis de identificar sem exames de rotina. Por isso, a prevenção precisa ser um compromisso contínuo. Nem toda alteração aparente é motivo de urgência, mas algumas não podem esperar”, finaliza.

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