MANAUS (AM) — A Justiça do Amazonas autorizou que Camila Barroso, suspeita de envolvimento na morte da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, deixe o regime de prisão preventiva para cumprir pena em prisão domiciliar. A decisão, emitida nesta sexta-feira (15), ocorre quase três meses após a suspeita ser detida pelo crime ocorrido em agosto deste ano.
O juiz Rivaldo Matos Norões Filho, da Vara de Garantias Penais e Inquéritos Policiais, aceitou o pedido da defesa, que alegou que Camila é mãe de uma criança menor de 12 anos. A medida determina que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica e proíbe que deixe a cidade de Manaus.
OCaso
Geovana Costa Martins, que trabalhava como babá na casa de Camila, foi dada como desaparecida em 19 de agosto. Seu corpo, encontrado no dia seguinte no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, apresentava sinais de tortura. O laudo do Instituto Médico Legal apontou traumatismo craniano como a provável causa da morte, possivelmente provocada por agressões físicas.
Segundo a delegada Marília Campello, Geovana foi submetida a restrições severas enquanto trabalhava na residência de Camila, no bairro Petrópolis. A jovem era impedida de sair de casa e de manter contato com pessoas próximas. Há indícios de que ela foi aliciada para participar de um estilo de vida envolvendo festas e consumo de bebidas, contra sua vontade.
Além de Camila, outras duas pessoas são investigadas por participação no crime. Antônio Chelton Lopes de Oliveira foi preso em setembro, acusado de ajudar na ocultação do corpo da jovem. Eduardo Gomes da Silva, outro suspeito, permanece foragido.
As investigações seguem em andamento para esclarecer os detalhes do caso e identificar a motivação do crime, que ainda é incerta.
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