MANAUS (AM) —O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), anunciou nesta quarta-feira (2) a exoneração dos secretários Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, da Secretaria de Administração, e Marcos Apolo Muniz de Araújo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. A decisão ocorre em meio à controvérsia gerada por um vídeo onde os secretários supostamente discutem planos para interferir nas eleições em favor da candidata Brena Dianná, em Parintins.
A medida foi tomada em resposta a recomendações do Ministério Público do Estado (MPAM), que abriu um Inquérito Civil para investigar a situação. Além dos secretários, Armando Silva do Valle, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), também foi exonerado.
Em nota, Wilson Lima declarou que as exonerações buscam garantir a integridade das investigações e permitir que os exonerados se defendam. Caso suas inocências sejam comprovadas, eles poderão retornar aos cargos.
Além disso, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Klinger Paiva, exonerou o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano, e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, da Companhia de Operações Especiais (COE). Ambos assumirão funções administrativas enquanto as investigações estiverem em andamento.
Entenda o caso
Em despacho publicado no Diário Oficial na terça-feira (1º), o Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu um procedimento para investigar improbidade administrativa e questões de segurança pública, motivado por um vídeo que mostra um agente público e os secretários articulando ações com o uso da máquina pública para beneficiar a candidata à Prefeitura de Parintins Brena Dianná (União Brasil), apoiada pelo chefe do Executivo estadual.
No dia anterior, a juíza Juliana Mousinho, suspendeu a entrega de cestas básicas feitas na cidade e determinou o afastamento do comandante da PM de Parintins. A decisão foi motiva por suspeitas de abuso de poder político nas eleições municipais deste ano, segundo a juíza.
Nesta quarta-feira (2), o governo tentou reverter a situação e entrou com um mandado de segurança para suspender a decisão da juíza eleitoral, mas a Justiça Eleitoral do Amazonas negou o pedido
Confira a nota na íntegra:
O Governo do Amazonas informa que, diante dos fatos recentes e para que a Justiça possa realizar o trabalho de investigação que julgar necessário, o governador Wilson Lima está exonerando Fabrício Rogério Cyrino Barbosa e Marcos Apolo Muniz de Araújo, dos cargos de Secretário de Estado de Administração e Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, respectivamente; e Armando Silva do Valle, do cargo de diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).
O Governo do Estado reforça que, além de garantir a lisura das investigações, o ato tem como objetivo permitir que os citados se defendam de forma isonômica e justa. Ao final do processo legal de investigação, em se comprovando a inocência das partes, os mesmos retornam aos cargos.
Por fim, seguindo recomendação do Ministério Público do Estado (MPE-AM), o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Klinger Paiva, exonerou o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos do cargo de Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, que integrava a Companhia de Operações Especiais (COE), que passam a realizar funções administrativas até o fim das investigações.
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