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Amazonas

Amazonas receberá consulta para criação da Universidade Indígena

Será realizada uma série de seminários de consulta aos povos indígenas para garantir a escuta sobre a organização e implementação da universidade (Foto: Unila)
Será realizada uma série de seminários de consulta aos povos indígenas para garantir a escuta sobre a organização e implementação da universidade (Foto: Unila)

MANAUS (AM) — O Amazonas está prestes a sediar uma série de seminários promovidos pelo Ministério da Educação (MEC) visando ouvir os povos indígenas e subsidiar a criação da Universidade Indígena. Essa iniciativa, que faz parte das ações do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria n° 350, de 15 de abril, ocorrerá em Manaus, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, entre os dias 22 e 29 de julho de 2024.

O cronograma dos seminários no Amazonas é uma etapa crucial de um projeto nacional que visa atender uma demanda dos povos indígenas: a criação de instituições de ensino superior específicas para suas comunidades. No dia 22 de julho, Manaus receberá o primeiro seminário, seguido por Tabatinga no dia 25 e São Gabriel da Cachoeira no dia 29.

Manaus, a capital do Amazonas, será o primeiro local a sediar um dos seminários. A cidade, que é um importante centro urbano na Amazônia, abrigará lideranças indígenas de diversas etnias para discutir e contribuir com a construção do projeto da Universidade Indígena. A escolha de Manaus como ponto inicial destaca a importância da capital no cenário educacional e cultural da região.

Localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, Tabatinga é um ponto estratégico para a consulta aos povos indígenas. A cidade é um exemplo da diversidade cultural e dos desafios geopolíticos presentes na região.

O seminário em Tabatinga, marcado para o dia 25 de julho, será uma oportunidade única para incluir as vozes das comunidades indígenas que vivem na fronteira e enfrentam questões específicas de integração e intercâmbio cultural.

São Gabriel da Cachoeira, onde mais de 90% da população é composta por indígenas, receberá o seminário no dia 29 de julho. Conhecida como a cidade mais indígena do Brasil, São Gabriel da Cachoeira é um símbolo da diversidade étnica e cultural do Amazonas.

Universidade

A criação da Universidade Indígena é uma resposta a uma demanda apresentada nas Conferências Nacionais de Educação Escolar Indígena (I e II Coneei), realizadas em 2009 e 2018. A universidade proporcionará aos povos indígenas a oportunidade de gerenciar suas próprias instituições de ensino superior, com recursos humanos e financeiros adequados.

Vale citar que a participação efetiva dos indígenas na gestão dessas instituições é crucial para assegurar que suas vozes sejam ouvidas e suas culturas respeitadas.

O Amazonas, com a rica diversidade cultural e grande número de povos indígenas, desempenha um papel crucial neste processo de consulta. A realização dos seminários no estado representa um passo significativo na promoção da autonomia e valorização das culturas indígenas.

Através dessa iniciativa, espera-se que os povos indígenas do Amazonas possam exercer um papel ativo na educação superior, garantindo que suas tradições e conhecimentos sejam preservados e transmitidos para as futuras gerações.

A criação da Universidade Indígena no Amazonas não só atenderá uma antiga demanda das comunidades indígenas, mas também fortalecerá a identidade cultural e a autonomia dessas populações, contribuindo para um futuro mais inclusivo e sustentável.

Além do Amazonas, outras treze cidades irão receber a pasta para a discussão sobre a criação da universidade.

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